Início Nacional Sócrates ataca Passos Coelho: ‘Se fosse comigo, tinham-me prendido’

Sócrates ataca Passos Coelho: ‘Se fosse comigo, tinham-me prendido’

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Na primeira entrevista após a decisão instrutória do juiz Ivo Rosa na Operação Marquês, o antigo primeiro-ministro José Sócrates continuou a falar em ‘cabala política’ da parte do Ministério Público. Em declarações ao jornal luxemburguês Contacto, o arguido diz que tudo tem sido feito para o “tirar do espaço público e criminalizar todas as políticas do partido Socialista”.

Na entrevista, José Sócrates deixou um ataque a Pedro Passos Coelho, o seu sucessor como primeiro-ministro de Portugal, que teria beneficiado de uma imprensa mais afável, na sua opinião. Neste ponto, é evidente a crítica ao Correio da Manhã.

José Sócrates aproveitou a notícia do CM e da Sábado, sobre a investigação do Ministério Público que envolve suspeitas de financiamento da Odebrecht à campanha de Passos Coelho, em 2015. Um alegado suborno da construtora brasileira à empresa do publicitário brasileiro André Gustavo, que foi detido em 2017, no caso Lava Jato. O financiamento, segundo a investigação, seria superior aos 800 mil euros e teria sido para a campanha que levou Passos Coelho, do PSD, a primeiro-ministro.

José Sócrates diz ter tomado conhecimento desta investigação pelo Correio da Manhã e não tem dúvidas que, se fosse com ele, teria sido preso. O que o leva a afirmar a sua convicção de que todo este processo da Operação Marquês tem apenas a ver com política, numa forma dos seus adversários o afastarem.

“Imagine que você tinha uma informação do Ministério Público brasileiro que lhe dizia que o Sócrates, em 2011, tinha tido um assessor de marketing brasileiro que foi pago pela construtora Odebrecht com 800 mil dólares. As autoridades brasileiras diziam que “desconfiamos que estes 800 mil dólares foram para pagar a campanha eleitoral de Sócrates”. Se isso acontecesse, cairia o Carmo e a Trindade. Só que isso sucedeu, mas com uma pequena diferença, o político que os brasileiros perguntaram era Passos Coelho.

Interrogaram o doutor Passos Coelho? Se fosse comigo, tinham-me prendido. Eu acho que o meu caso tem motivações políticas de ataque ao PS e defesa do PSD”, atirou José Sócrates, num ataque cerrado contra Passos Coelho.

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