A atriz Custódia Gallego é uma das mais conceituadas do país e bastante conhecida pelo humor que empresta às suas personagens. No entanto, nem tudo na vida da atriz tem sido fácil e, no programa ‘Goucha’, da TVI, ela falou sobre a maior dor, a da perda de um filho, que a dilacerou em 2018.

Custódia Gallego esteve à conversa com Manuel Luís Goucha, esta terça-feira, 11 de outubro, numa conversa muito intimista, reveladora e necessária. O caso da atriz está longe de ser único, lamentavelmente, mas é, ainda assim, incomparável na sua dor.

“Naquela altura houve muita raiva, eu quis matar toda a gente, então verbalmente era muito violenta com as pessoas. Mesmo eu sabendo que o que me diziam era para me proteger, para me dar alento (…) a sensação de injustiça (…) era tanta, foi muito violento.

Agora já acho que não sinto tantas vezes essa raiva a não ser que me obriguem a ter a memória do tempo da raivas mas eu fui fazendo o luto, fui fazendo um caminho mais tranquilo e menos doloroso no sentido de aceitar a realidade (…) é aceitar o inevitável, aceitar o dia-a-dia“, disse Custódia, sobre a morte do seu filho em 2018.

Baltasar Gallego tinha apenas 31 anos e faleceu na sequência de um cancro. A doença tornou a morte inevitável, mas como qualquer mãe, Custódia nunca esteve preparada para o aceitar. Por isso, revelou também que a fé pode ajudar nesta superação da dor, o que a ela nunca ajudou. “Eu tenho inveja das pessoas que têm fé porque ao teres fé acabaram-se as dúvidas, raivas. Chama-se fé”, explicou a atriz Custódia Gallego, num momento de partilha muito doloroso com Goucha.

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