Morreu José Maria Sousa, mais conhecido, no mundo da música, somente por Zé Maria. Foi o fundador do clube rock Sabotage, no Cais do Sodré, em Lisboa, em 2013, que durou apenas sete anos, mas que ajudou na divulgação do rock marginal português.
Paralelamente a esta atividade, Zé Maria também se dedicou às rádios livres, à distribuição de discos e aos concertos. Numa vida e carreira sempre muito ligada à música.
Nas redes sociais, são muitas as homenagens, que se podem ler, após a mote de Zé Maria.
“Conheci-o na segunda metade dos anos 90, trabalhava ele então numa distribuidora, a Megamúsica. Tinha uma voz arrastada – às vezes brincava com ele por isso – e um conhecimento vasto de cultura rock, principalmente todas as zonas mais dissidentes e alternativas desse vasto cosmos. Depois veio a editora Zounds e a distribuidora Sabotage e, nos últimos anos, a promoção de concertos e a gestão do clube Sabotage, em Lisboa. Era um apaixonado pela música que nunca deixou de acreditar que era possível viver da sua actividade, divulgando aquilo em que realmente acreditava, apesar do difícil que é. Muito respeito por isso. Condolências a familiares e amigos”, “Comecei o meu percurso profissional com o Zé Maria. Pela entrevista que tive para trabalhar na Sabotage, percebi que era uma pessoa… sui generis. Foi o meu primeiro emprego e a escola mais completa e incrível que podia ter tido”, ou “Maior parte das pessoas cuja vida ele tocou, nunca saberão o quanto deviam estar gratos a esse imenso desconhecido. Mas não me parece que isso alguma vez tenha sido uma preocupação para ele. Sabia do que gostava e movia mundos para partilhá-lo. Agora que o Zé transitou para o grande esquecimento, celebro-o com a memória que tenho dele. Sempre afável e nunca apaziguado. Obrigado por tudo Zé”, pode ler-se no Facebook.
